Professores da UNEB rejeitam proposta do Governo e aprovam paralisação para o dia 11 de setembro

Professoras e professores da UNEB rejeitaram a proposição de reajuste de 5,7% para o período de 2025, 2026 e 2027, a ser pago em três parcelas (jan/2025, jan/2026 e dez/2026). Os docentes se reuniram durante Assembleia Geral da ADUNEB, nesta quinta-feira (29), que teve como principal pauta a nova proposta do Governo do Estado para reajuste salarial à categoria. O Governo informou que chegou na porcentagem acrescendo 1,2% ao teto da meta para a inflação estipulada pelo Comitê Monetário Nacional, que é 4,5%, mas que não está implícito nenhum tipo de gatilho caso a inflação ultrapasse este teto. 

A categoria considerou, no mínimo, desrespeitoso o índice de reajuste proposto, que não chega nem perto dos 4,5% ao ano apresentados pelo movimento docente. “Em reunião do Fórum das ADs pudemos calcular que o governo coloca, de fato, à mesa é um ganho real de apenas 1,15%, o que não podemos nem mesmo caracterizar como um plano de recomposição salarial, para o qual a categoria busca avanços, levando em conta que acumulamos desde 2015, uma perda salarial de 35%”, afirmou Clóvis Piáu, Coordenador Geral da ADUNEB.

Para professoras e professores da UNEB, a gestão estadual avançou ao realizar a mesa de negociação, mas ressaltou que isso só ocorreu após as quatro UEBAS decretarem indicativo de greve, em abril deste ano. Considerou, ainda, que, até o momento, não foi apresentada nenhuma proposta satisfatória de recomposição salarial. Além disso, docentes enfatizaram a disponibilidade e a flexibilidade do movimento na negociação, que tem estabelecido amplo diálogo sobre os percentuais de reajuste e sobre termos muito aquém da defasagem salarial, buscando avançar com diálogo e acenando para o Governo a disponibilidade para negociar.

Além de rejeitar a proposição do Governo do Estado, a assembleia deliberou os termos de uma contraproposta. Docentes da UNEB se dispõem a aceitar as três parcelas de 5,7%, desde que o pagamento de dezembro não corresponda ao ano de 2027. A categoria requer o direito de, a partir de janeiro de 2027, obter reajuste e/ou seguir lutando por avanços na recomposição salarial. Essa proposta será levada novamente ao âmbito do Fórum das ADs para que, havendo consenso da maioria das associações docentes, seja apresentada ao Governo e debatida na rodada de negociação agendada para 11 de setembro.  

A categoria aprovou uma nova paralisação na quarta-feira, dia 11, em ato unificado em Salvador. Foi aprovada uma paralisação com portões fechados na universidade. A exceção será apenas para o funcionamento de serviços de saúde que tenham atendimento à comunidade externa.

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