O candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio foi assassinado nesta quarta-feira com três tiros na cabeça ao deixar um comício numa escola de Quito, a onze dias do pleito. Horas antes do atentado, o político e jornalista havia feito um discurso premonitório, em declarações diretas a criminosos que ameaçavam matá-lo.
Num discurso na cidade de Chones, cujo vídeo foi compartilhado nas redes sociais do candidato, Villavicencio relatou que havia sido aconselhado a usar colete à prova de balas. No entanto, revelou ter recusado o item e disse que o apoio da população seria seu escudo.
— Eu não preciso [de colete]. Vocês são um povo valente, e eu sou valente como vocês. Vocês são quem cuida de mim. Venham, aqui estou. Disseram que iriam me quebrar. Aqui está Don Villa [apelido de Villavicencio]. Que venham os chefões do narcotráfico, venham! Que venham os atiradores, que venham os milicianos! Acabou-se o tempo da ameaça. Aqui estou eu. Podem me dobrar, mas nunca vão me quebrar — afirmou o candidato, durante comício.
“Aquí estoy doña luisa Gonzales, a mi me han dicho que use el chaleco (antibalas) pero aquí estoy a camisa sudada” como una crónica de una muerte anunciada, el fallecido candidato a la presidencia se refería a el uso del chaleco antibalas, mencionando a la candidata de Rc5 Luisa… pic.twitter.com/wcYX6SB26x
— Ecuador Al Día 365 (@ecuadoraldia365) August 10, 2023