A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) deu mais um importante passo para a melhoria da qualidade de vida na comunidade de Bananeiras, localizada no bairro do Lobato, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. A empresa pública, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), implantará um projeto integrado de contenção de encostas e urbanização que inclui pavimentação de vias, construção de escadarias, guarda-corpos, muretas e sete espaços de convivência, como praças e parques infantis.
A contenção executada pela Conder será a maior já executada na Bahia, com 20,1 mil m² de solo grampeado, sendo 676 m² de solo grampeado em face verde, que manterá a vegetação local. Até então, a maior contenção de encosta da Bahia está localizada na Rua São José, na Liberdade, com 18.350 m². O contrato, no valor de R$ 16,3 milhões, tem prazo de execução de 18 meses.
“A comunidade de Bananeiras enfrenta desafios históricos relacionados à ocupação desordenada e à falta de infraestrutura. A intervenção da Conder tem o potencial de transformar a realidade local, reduzindo riscos de deslizamentos e proporcionando novos espaços de lazer e convivência para os moradores”, avaliou o presidente da Conder, José Trindade.
A iniciativa faz parte do Projeto Integrado de Urbanização de Bananeiras, realizado pelo Governo do Estado da Bahia em parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Licitação para Projeto Técnico Social
Enquanto o projeto e execução da obra de engenharia já foi licitado, a Conder publicou edital para a contratação de uma empresa especializada na execução do Projeto Técnico Social (PTS) na comunidade de Bananeiras. O edital e seus anexos estão à disposição dos interessados no site da Conder (http://www.conder.ba.gov.br) na seção de licitações. A abertura dos envelopes está marcada para o dia 24 de fevereiro.
Para Adriana Luz, superintende de Prevenção à Desastres Naturais da Conder, a expertise da companhia em obras de contenção de encostas aliada ao trabalho social tem sido fundamental para o reconhecimento nacional do programa. “Em novembro de 2024, fomos contemplados com o Prêmio Periferia Viva e o Selo Periferia Sem Risco, reconhecimento nacional ao nosso trabalho que garante não só a segurança e a prevenção da vida, como também promove a integração da comunidade com o espaço urbano, com a construção de áreas de convivência, como parques e praças, e envolve a comunidade na execução do projeto”, afirmou Adriana.
O PTS, que terá duração de 22 meses (16 durante a obra e 6 no pós-obra), será estruturado em quatro eixos principais: mobilização e comunicação, acompanhamento e gestão social da intervenção, educação ambiental e patrimonial, e desenvolvimento socioeconômico.
Entre as atividades previstas estão campanhas educativas, oficinas socioeducativas, cursos de qualificação profissional (como unhas de gel, barbeiro e artesanato com material reciclado), além da criação de uma Comissão de Acompanhamento à Intervenção Social e Física (Caisf), composta por representantes da comunidade.
